O fim do mundo no cinema
Profecias do fim do mundo já falharam no passado
G1 lista momentos em que, contrariando mitos, o mundo não acabou. Casos vão desde a Antiguidade até avanços científicos recentes.
O próximo dia 21/12/2012 é tido por alguns como o dia do fim do mundo, por meio da interpretação de um calendário maia que, teoricamente, previa que esse seria o último dia da humanidade.
A crença do fim do mundo em uma data determinada, porém, não é uma novidade e nem uma característica ligada a povos distantes, como os maias. A expectativa pelo dia que seria o último da história da humanidade é antiga e faz parte da tradição cultural ocidental.
“A fé cristã acredita no fim do mundo”, resume Lina Boff, professora de teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). “No fim dos tempos, Jesus vem”.
Milenarismo
A especialista explica que uma corrente chamada “milenarista” acreditava que o reinado de Cristo sobre a Terra duraria mil anos. A chegada do ano 1000 da Era Cristã foi, portanto, aguardado com bastante ansiedade na Europa medieval.
A especialista explica que uma corrente chamada “milenarista” acreditava que o reinado de Cristo sobre a Terra duraria mil anos. A chegada do ano 1000 da Era Cristã foi, portanto, aguardado com bastante ansiedade na Europa medieval.
O escritor austríaco-americano Richard Erdoes, autor do livro “A.D. 1000: Living on the Brink of Apocalypse” (“1000 d.C.: vivendo à beira do Apocalipse”, em tradução livre), conta que a expectativa pelo retorno de Cristo dominou “não só o ano 999, mas todo o século que o precedeu”. Segundo o livro, lançado em 1988, as pessoas da época imaginavam que o Armagedom viria na noite de Natal ou à meia-noite, na virada de 999 para o ano 1000.
O Papa Silvestre II celebrou uma missa diferente na virada do ano, com rituais religiosos especiais. Como o mundo não acabou, surgiram lendas em torno do pontífice, de que ele teria recorrido à ajuda de magos árabes – ou até feito um pacto com o diabo.
Central de operações contra o 'bug do milênio' em
Los Angeles, nos EUA
(Foto: Jim Ruymen/AFP/Arquivo)
‘Bug do milênio’
Muitos programas de computador desenvolvidos durante o século 20, especialmente os mais antigos, abreviavam o ano colocando apenas os dois últimos algarismos – em uma data, o ano de “1988” seria escrito apenas como “88”, por exemplo. Assim, quando houvesse a passagem de ano de 1999 para 2000, esses programas leriam o novo ano como se fosse 1900. Esse grande erro no sistema ganhou o apelido de “Bug do milênio”.
O temor era de que o erro causasse uma grande pane nos computadores mundo afora e que isso comprometesse desde o funcionamento de bancos até usinas nucleares e instalações militares – onde residiria o risco de grandes catástrofes. As Nações Unidas chegaram a criar um grupo específico para prevenir contra a ameaça do “Bug do milênio”. A chegada do ano 2000 trouxe poucos e localizados erros de informática, sem consequências globais significativas.
A grande decepção
Na primeira metade do século 19, o pastor William Miller liderou nos Estados Unidos um movimento conhecido como adventismo, uma corrente cristã que acredita no retorno iminente de Jesus Cristo à Terra.
Na primeira metade do século 19, o pastor William Miller liderou nos Estados Unidos um movimento conhecido como adventismo, uma corrente cristã que acredita no retorno iminente de Jesus Cristo à Terra.
De acordo com interpretações que fez da Bíblia, Miller afirmou que Cristo voltaria no ano de 1844. Mais precisamente, o líder religioso marcou a data do fim do mundo para 22 de outubro daquele ano.
Pastor Harold Camping
Um seguidor disse que chegou a gastar US$ 140 mil em publicidade para a previsão de Camping. Outro cruzou os EUA, percorrendo 4,8 mil quilômetros do estado de Maryland até a Califórnia, onde fica a sede da rádio de Camping, para presenciar o momento junto do pastor.
Depois que nada aconteceu, Camping afirmou que a data inicial estava errada, e que Jesus voltaria em 21 de outubro daquele mesmo ano, o que também não aconteceu. Em 1994, o pastor já havia previsto o apocalipse.
Vaticano nega
Para o próximo dia 21, as principais correntes cristãs não acreditam no apocalipse. José Funes, diretor da Specola Vaticana, observatório astronômico ligado à Igreja Católica, esclareceu que “não vale a pena discutir a base científica dessas afirmações, obviamente falsas”, referindo-se às previsões de que o mundo vai acabar em 2012.
Para o próximo dia 21, as principais correntes cristãs não acreditam no apocalipse. José Funes, diretor da Specola Vaticana, observatório astronômico ligado à Igreja Católica, esclareceu que “não vale a pena discutir a base científica dessas afirmações, obviamente falsas”, referindo-se às previsões de que o mundo vai acabar em 2012.
A teóloga Lina Boff, da PUC-Rio, explica que a Igreja Católica já não tem mais essa crença no apocalipse. “Nós não podemos afirmar que Jesus tenha predito o fim do mundo”, afirma a professora.
“Para mim, o fim do mundo acontece na hora em que eu morro”, prossegue a especialista. No momento da morte, a pessoa “se funde com este mundo para entrar no outro mundo”, de acordo com a estudiosa do catolicismo.
Outras culturas
A crença no fim do mundo não faz parte apenas da tradição ocidental. Antes do contato com os espanhóis, os astecas realizavam sacrifícios humanos na crença de que aquilo garantiria que o sol não deixaria de nascer todos os dias.
A crença no fim do mundo não faz parte apenas da tradição ocidental. Antes do contato com os espanhóis, os astecas realizavam sacrifícios humanos na crença de que aquilo garantiria que o sol não deixaria de nascer todos os dias.
Os mesmos astecas acreditavam também em quatro catástrofes sucessivas, que seriam causadas pela água e pelo fogo. Mitos sobre o fogo universal existiam também em culturas da Grécia, da Escandinávia e da Índia. Já o dilúvio aparece em narrativas anteriores inclusive à da Arca de Noé, presente no Antigo Testamento.
Cometa Halley
Em outras oportunidades, houve previsões de hecatombes que acabariam com a humanidade. Em 1910, a aproximação do cometa Halley foi cercada de temor. O prestigiado jornal americano “The New York Times” chegou a publicar uma nota, citando astrônomos do Observatório Harvard que estavam preocupados com a possível presença do gás cianogênio na cauda do cometa.
Em outras oportunidades, houve previsões de hecatombes que acabariam com a humanidade. Em 1910, a aproximação do cometa Halley foi cercada de temor. O prestigiado jornal americano “The New York Times” chegou a publicar uma nota, citando astrônomos do Observatório Harvard que estavam preocupados com a possível presença do gás cianogênio na cauda do cometa.
O gás é tóxico, e a passagem do cometa naquele ano – o Halley passa perto da Terra a cada 76 anos – foi mais próxima que o de costume. A soma dos fatores levou algumas pessoas a acreditarem que ele poderia intoxicar a atmosfera da Terra.
Construção do LHC
Na época, surgiram rumores de que a inauguração da máquina levaria ao surgimento de uma série de pequenos buracos-negros que levariam à destruição da Terra. O Cern chegou a publicar uma nota explicando que, embora o LHC atingisse níveis energia jamais produzidos pelo ser humano, aquela energia era produzida em vários processos naturais e não representava nenhuma ameaça.
A morte do Sol
A ciência prevê o fim da vida na Terra de acordo com a evolução natural do Sol – baseada no que acontece com estrelas desse tipo. Daqui a quase 5 bilhões de anos, ele se transformará em um "gigante vermelho" e vai multiplicar seu tamanho. Antes disso, o calor crescente terá provocado a evaporação dos oceanos e o desaparecimento da atmosfera terrestre. Depois desse aumento, o astro se resfriará até a extinção.
A ciência prevê o fim da vida na Terra de acordo com a evolução natural do Sol – baseada no que acontece com estrelas desse tipo. Daqui a quase 5 bilhões de anos, ele se transformará em um "gigante vermelho" e vai multiplicar seu tamanho. Antes disso, o calor crescente terá provocado a evaporação dos oceanos e o desaparecimento da atmosfera terrestre. Depois desse aumento, o astro se resfriará até a extinção.
"Até lá, não existe nenhuma ameaça astrônomica ou geológica conhecida que poderia destruir a Terra", aponta David Morrison, cientista da Nasa. A agência espacial norte-americana divulgou uma nota esclarecendo que o suposto fim do mundo em 21 de dezembro não tem nenhum embasamento científico.
Conheça previsões do fim do mundo que não deram certo
Fonte: ebc.com.brNão é de hoje que a humanidade tenta cravar o dia exato do fim do mundo. As primeiras previsões sobre o fim da existência humana datam de 389 a.C e associavam o término do mundo à derrocada de Roma. A uma semana de mais uma data apocalíptica da história da humanidade – o 21 de dezembro de 2012 -, descubra outras datas em que o mundo deveria ter acabado, mas não acabou, e a maneira que os profetas do fim do mundo esperavam pelo ponto final da Terra:
Segunda vinda de Cristo e Juízo Final
Século I – os primeiros cristãos esperavam a segunda vinda de Cristo na geração seguinte à sua morte.
1260 – o místico italiano Joaquim de Fiore determinou que o reinado de Cristo sobre a Terra começaria entre 1200 e 1260. Depois do erro, seus seguidores revisaram a data para 1290, e depois, para 1335.
1504 – o pintor Sandro Botticelli acreditava que o reinado de Cristo sobre a Terra começaria em até três anos e meio depois de 1500.
1533 – o anabatista Melchior Hoffman previu que apenas 144 mil pessoas seriam salvas na segunda vinda de Cristo, que começaria em Estrasburgo. O restante da humanidade seria consumida pelo fogo.
19 de outubro de 1533 – o matemático Michael Stifel calculou que o Juízo Final começaria às 8h deste dia.
1892-1911 – o piramidologista Charles Piazzi Smyth concluiu, a partir dos estudos das dimensões da Pirâmide de Gizé, que Cristo voltaria entre 1892 e 1911.
1901 – a Igreja Católica Apostólica, fundada em 1831, avisou que Jesus voltaria quando seus 12 fundadores estivessem mortos. O último morreu em 1901.
1982 – O fundador da Coalizão Cristã, Pat Robertson, informou seus seguidores que o Juízo Final aconteceria até o final de 1982.
Profecias
365 – o Bispo de Poitiers anunciou que o mundo acabaria naquele ano.
500 – Hipólito de Roma, Sexto Júlio Africano e Santo Ireneu de Lyon previram o fim do mundo para este ano.
799–806 – São Gregório de Tours calculou que o fim do mundo aconteceria entre 799 e 806.
800 – Depois de ter errado sua primeira previsão, Sexto Júlio Africano refez seus cálculos e cravou o fim do mundo para o ano 800. Errou de novo.
5 de abril de 1534 – Jan Matthys previu que o Apocalipe aconteceria naquele dia, e que apenas a cidade de Münster, na Alemanha, seria poupada.
1537 – o astrólogo francês previu quatro possíveis datas para o fim do mundo: 1537, 1544, 1801 e 1814. Errou todas.
1600 – o mundo acabaria até 1600, acreditava Martinho Lutero
1814 – Joanna Southcott, de 64 anos, anunciou que estava grávida do menino Jesus, e que ele nasceria no Natal de 1814. Ela morreu justamente no dia que o bebê era esperado, e a autópsia provou que ela não estava grávida.
1843 – o fazendeiro William Miller, depois de anos de estudo, concluiu que a destruição do mundo estava prevista na Bíblia e acabaria entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. Ele arrematou vários seguidores, que decidiram que a data seria no dia 22 de outubro de 1844. Como o mundo não acabou, e vários seguidores se desfizeram de seus bens, surgiu o movimento que ficou conhecido como Grande Desapontamento, e alguns de seus ex-seguidores fundaram a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Julho de 1999 – interpretações de um dos textos atribuídos a Nostradamus davam conta de que o fim do mundo estava marcado para este mês (“o ano de 1999, sétimo mês / do céu virá um grande rei do terror”)
2008 – o ministro Ronald Weinland, da Igreja de Deus, disse que centenas de milhões de pessoas morreriam a partir de 2006 e que começaria o “pior momento da história humana”. Ele previu também que no outono de 2008, os Estados Unidos deixariam de ser uma potência e não existiriam mais."
2011 – Harold Camping previu o fim do mundo e uma série de terremotos devastadores a partir de 21 de maio de 2011. Segundo ele, apenas 3% da população mundial iria para o céu. Ao errar a data, ele reviu a data para 21 de outubro do mesmo ano e alegou que o que ocorreu em maio foi um “julgamento espiritual” que preparava para o grande dia.
Datas simbólicas
389 a.C – os romanos temiam que a cidade que era o centro do Império Romano fosse destruída neste ano, o que representaria o fim da civilização moderna. A queda de Roma aconteceu em 476 d.C.
992–995 – a Sexta-feira Santa coincidiu com a Anunciação do Senhor, o que, para muitos cristãos, era sinal da vinda do Anticristo no prazo de até três anos.
1º de janeiro de 1000 – cristãos europeus acreditaram que a virada do milênio traria o fim do mundo
1033 – o Apocalipse aconteceria no milésimo ano da morte de Jesus Cristo. Esta previsão foi revista, e muita gente acredita que a volta de Jesus está marcada para 2033.
1284 – o Papa Inocêncio III previu que o mundo acabaria no ano que marca os 666 anos do surgimento do islamismo
1555 – o teólogo francês calculou que a humanidade já existia há 6845 anos, e que não passaria dos 7 mil anos de existência.
1656 – alguns cristãos acreditavam no fim do mundo para esta data, já que este é o suposto número de anos entre a criação e o dilúvio, de acordo com a Bíblia.
1658 – Cristóvão Colombo concluiu que o mundo foi criado em 5343 a.C e duraria 7 mil anos. Logo, ele terminaria em 1658 – ele não contou o ano 0.
2000 – a virada do milênio seria o marco do juízo final, e a tecnologia teria relação com isso. Na década de 7, imaginava-se que os computadores poderiam entrar em colapso por não saber identificar a diferença entre as datas 1900 e 2000. Este erro de cálculo levaria ao caos e desencadearam teorias como apagões e holocaustos nucleares. A previsão ficou conhecida como bug do milênio.
Fenômenos naturais
79 – o filósofo romano Sêneca previu que a Terra iria se transformar em cinzas: “Tudo o que vemos e admiramos hoje vai queimar no fogo universal, que inaugura um mundo justo, novo e feliz”. Aí veio a erupção do vulcão Vesúvio, que soterrou Pompéia, e levou muitos romanos a acreditarem que era o começo do fim.
1186 – João de Toleto previu o fim a partir de um alinhamento de vários planetas.
1º de fevereiro de 1524 – o fim do mundo começaria a partir de uma enchente em Londres. No dia, nem choveu.
20 de fevereiro de 1524 – um alinhamento dos planetas em Peixes foi interpretado pelo astrólogo Johannes Stöffler como fim dos tempos.
5 de abril de 1719 – o matemático Jacob Bernoulli previu que um cometa se chocaria contra a Terra neste dia.
1780 – moradores da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, pregaram o fim do mundo quando uma tempestade de neve escura caiu na região. O fenômeno ocorreu por causa da fumaça das queimadas das florestas, neblina e tempo encoberto.
1805 – o ministro presbiteriano Christopher Love previu a destruição da terra depois de um terremoto, seguido por uma era de paz onde Deus seria conhecido por todos
1910 – em 1881, o astrônomo Camille Flammarion descobriu que as caudas dos cometas incluem um gás mortal chamado cianogênio. E aí a passagem do cometa Halley, em 1910, virou verdadeiro motivo de pânico coletivo. O medo era que a humanidade fosse intoxicada pelo gás mortal que vinha na cauda do cometa.
29 de abril de 1988 – de novo, o cometa Halley. Desta vez, Leland Jensen previu que ele seria puxado para a órbita da Terra nesta data, causando grande destruição.
5 de maio de 2000 – Richard Noone previu que um alinhamento dos planetas no céu faria com que uma espessa camada de gelo congelasse todo o planeta.
Eventos
66-70 – os essênios, uma seita judaica que existiu na Palestina, esperavam que a batalha que tiveram com os romanos nestes anos fosse a batalha final da humanidade.
1346-1351 – a peste negra foi interpretada como um sinal do fim dos tempos
1648 – o rabino Shabtai Tzvi esperava a vinda do Messias para este ano. Depois que errou, mudou a data para 1666.
1666 – como o 666 é tido com o o número da besta, os europeus temiam que o ano fosse o ano do Apocalipse. O medo aumentou depois do Grande Incêndio de Londres, que foi encarado sinal da ira de Deus.
1806 – na cidade de Leeds, uma galinha começou a colocar ovos com a inscrição “Cristo está chegando”. Depois, descobriram que tudo não passava de uma farsa: a mensagem era escrita à tinta pelo dono do animal, que colocava os ovos de volta na galinha.
1914 – as Testemunhas de Jeová esperavam pelo fim do mundo em 1914 desde sua fundação, em 1870. Os seguidores pregam que o Juízo Final chegará “em breve” desde então.
10 de setembro de 2009 – o início das atividades do Grande Colisor de Hádrons gerou desconfiança entre pessoas que acreditaram que a colisão de partículas poderia criar um buraco negro que acabaria com a Terra.
Seitas, crimes e suicídio coletivo inspirados pelo fim do mundo
21 de dezembro de 1954 – a Irmandade dos Sete Raios avisava que o mundo seria destruído por uma enchente nesta data.
1969 – Charles Manson previu uma guerra racial apocalíptica em 1969 e ordenou dois assassinatos, inclusive o da da atriz Sharon Tate, esposa do diretor de cinema Roman Polanski, para desencadeá-la. Está preso até hoje.
23 de abril de 1990 – a profetisa Elizabeth Clare disse que uma guerra nuclear começaria neste dia, e refugiou-se com seus seguidores com estoque de suprimentos e armas.
28 de outubro de 1992 – o pastor Lee Jang Rim, da Igreja Tami da Coréia do Sul, marcou o dia do arrebatamento para esta data. As autoridades sul-coreanas evitaram o suicídio coletivo de milhares de seguidores que esperavam o fenômeno, mas quatro pessoas tiraram suas próprias vidas nos dias anteriores.
26 de março de 1997 – Marshall Applewhite, líder da seita Heaven's Gate, disse que uma nave espacial viajava atrás do cometa Hale-Boop e que a NASA ocultava esta informação do grande público. O suicídio aparecia como forma de “evacuar a Terra” para que as almas dos seguidores pudessem embarcar na nave e conhecer outro nível da existência humana. O líder e seus 38 seguidores se mataram.
As 10 piores teorias sobre o fim do mundo que falharam
Fonte: revelacaofinal.com
Aproveitando o gancho, já que ainda estamos em 2012, e já sobrevivemos a, pelo menos, um fim de mundo, sendo esse mais um daqueles anos onde, certamente, o mundo acabará – conforme a compreensão de algum gênio que presta seus desserviços à neurose humana (você pode fazer uma busca no livro “2012 doomsday” com mais de 600,000 acessos, além de estar na lista da Amazon.com com mais de 96,000 vendas.
O ser humano tem essa necessidade mórbida de conhecer o fim de todas as coisas, assim como aquela curiosidade que nos faz reduzir a velocidade nas rodovias para verificar a possibilidade de vítimas em algum acidente nas estradas.
Gravura de Carmen Lomas Garza
Abaixo, uma lista dos 10 apocalipses anunciados através da História e – obviamente – que nunca aconteceram:
Em 1982, dois professores de astrofísica, John Gribben e Stephen Plagemann, divulgaram a ideia que o raro alinhamento planetários dos nove planetas combinariam uma combinação gravitacional floated the ideia that a rare alignment of all nine planets in 1982 would create a combined gravitational capaz de alterar as camadas tectônicas terrestres, causando catastróficos terremotos e alteração fatais no clima do planeta. Eles escreveram o livro em conjunto, causando angustia durante certo tempo, mas após o alinhamento passar sem nenhum dano previsto, esses profissionais, até então, respeitadíssimos em seu meio, tiveram sua reputação irremediavelmente arruinada. Mais tarde, eles defenderam que estavam apenas fazendo um simples especulação sobre os possíveis efeitos no planeta, mas jamais que tal alinhamento pudesse causar o dano que a imprensa alardou. De qualquer forma, o tal efeito Júpiter, embuste ou fato, foi o primeiro apocalipse de origens naturais, sem que o desejo de um deus irado estivesse por trás.
9. Profetiza Elizabeth e a igreja Universal e Triunfante – 1990
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Embora tenha conseguido atenção mundial por um curto espaço de tempo (algo mais de cunho bem negativo, por sinal), nos idos dos anos 80, a fundadora e líder espiritual da Igreja Universal e Triunfante convenceu muito de seus seguidores que em 23 de abril de 1990 se iniciaria uma guerra nuclear, instruindo a estes que estocassem comida e armas nos porões de suas casas, reforçando-os como abrigos nucleares, na região de Montana, nos Estados Unidos.
Embora o governo federal encoraje esse tipo de procedimento diante de possíveis potenciais desastres, a tal igreja exagerou “um pouco” na aquisição de armas de fogo, e deteve boa parte dos fiéis – incluindo o marido da profetisa – já que o acumulo dessas armas se enquadrou em crime federal.
Curiosamente, o não cumprimento da tal guerra nuclear não significou o fim imediato do movimento, eles continuaram estocando alimentos, adquirindo armas e construindo seus bunkers em Montana tempo depois. Consta que alguns desses membros, até pouco tempo, ainda mantinham os abrigos nucleares em atividade.
8. 1666 d.C.
Bem como hoje, sempre houve na História, em quase todos os anos, alguém que defendesse ser este ou aquele como a data para “o grande final”, mas algumas datas angariam mais interesse – ou medo – do que outras. Um ano que provou ser especialmente popular entre os eleitos para “final dos tempos” foi 1666, obtido pela combinação dos 1.000 anos do primeiro milênio com a marca da besta do Apocalipse (666). Não é difícil entender como eles, usando essa fórmula matemática complexa deve ter parecido bastante impressionante para nossos ancestrais, que apostaram que 1666 seria o número mais óbvio para os aficionados do fim do mundo durante o Renascimento.
Surpreendentemente, ele provou ser totalmente errado, com exceção do grande incêndio que destruiu Londres desse ano, matando centenas e destruindo 70.000 casas na cidade, tornando o ano uma espécie de juízo final para os londrinos, embora para o resto do planeta o tal fim não se concretizou, deixando muitos teólogos e astrólogos envergonhados, fazendo-os retornar aos seus cálculos, na busca de compreender onde foi que erraram.
7. 1000 e 1033 d.C.
Considerando o papel que o número 1.000 desempenha por muitas vezes nas Escritura, seria difícil imaginar que a virada do milênio não seria considerado extremamente significativa, especialmente entre aqueles que tomam que o livro do Apocalipse tem crido nos mil anos de reinado do milênio de Cristo literalmente. Curiosamente, muitos estudiosos tendem a rejeitar a noção de que a mudança do milênio criaria qualquer grande perturbação entre a população da Europa, mas outros contestam esta premissa e insistem que há muito mais evidências para os teólogos do fim do mundo defenderem ser galopante em torno do ano 1000 que se pensava anteriormente.
Alguns também notaram que, ao longo das últimas décadas, muitos estudiosos medievalista passaram a ver o período por volta da virada do milênio como uma época de transformação social e cultural, tornando-se possível especular que as expectativas apocalípticas em todo este período podem ter sido mais influentes do que os historiadores anteriores estavam dispostos a admitir. Outras evidências sugerindo que a febre do fim do mundo continuariam até 1033 d.C. -o 1.000 º aniversário da morte e ressurreição de Cristo, estão contidos dentro dos escritos do monge Borgonha Radulfus Glaber (985-1047 d.C.), bem como outros cronistas da época.
Alguns também notaram que, ao longo das últimas décadas, muitos estudiosos medievalista passaram a ver o período por volta da virada do milênio como uma época de transformação social e cultural, tornando-se possível especular que as expectativas apocalípticas em todo este período podem ter sido mais influentes do que os historiadores anteriores estavam dispostos a admitir. Outras evidências sugerindo que a febre do fim do mundo continuariam até 1033 d.C. -o 1.000 º aniversário da morte e ressurreição de Cristo, estão contidos dentro dos escritos do monge Borgonha Radulfus Glaber (985-1047 d.C.), bem como outros cronistas da época.
6. Edgar Cayce e a batalha do Armagedon, 1999
O famoso paranormal Edgar Cayce (1877-1945) fez uma série de terríveis previsões de mudança da Terra durante os anos 30 – sempre em estado de transe (daí seu apelido, o Profeta Adormecido) deixando aberto ao debate, já que parcialmente sem cumpriram, embora tenha sido sua profecias baseadas na Bíblia – as mais catastróficas – terem se mostrado as mais decepcionante (ou fortuito, considerando que não ocorreu como previsto). Possivelmente, prevendo as várias mudanças climáticas na Terra, associando às descrições bíblicas , teve como prenúncio do fim, e imprudentemente anunciou que a épica batalha de Armagedom, assim como a Segunda Vinda de Cristo ocorreria em 1999 – diga-se de passagem que, apesar de ter sido feita a mais de meio século, ainda consegue soar bem contemporâneo.
Obviamente, quando esses eventos não se croncretizaram, mostraram-se tão falhos quanto os outros “profetas” contemporâneos, apesar de não ter que suportar a desmoralização diante de sues falsos diagnósticos, por estar morto a mais de 50 anos.
Provavelmente nenhum “fim dos tempos” foi tão bem divulgado. Promulgada por geeks de computador do mundo todo, acreditava-se que, com a virada do milênio, os velhos computadores do século XX iriam entrar em colapso por conta de não haver na época equipamentos capazes de compreender datas superiores a 1999, e tal falha, acreditava-se, poderia travar equipamentos simultaneamente no m undo todo. Previa-se que milhões acordariam em 01 de janeiro de 2000 com a tela azul da morte estampada em seus monitores. Embora não pareça grande coisa, imaginar um travamento mundial na rede de computadores representava comprometimento em operações rotineiras do planeta, como derrubar o sistema de controle de tráfego aéreo e seus radares, possibilitando centenas de colisões aéreas, com pilotos voando às cegas, controles automatizados de refrigeração de núcleos de reatores nucleares em colapso poderiam geram explosões centenas de vezes maiores que as bombas lançadas em Hiroshima e Nagasaky.
Como resultado, houve corrida aos supermercados nas semanas e meses que antecederam a grande “não-acontecimento”, com gente estocando desde água engarrafada a papel higiênico, na possibilidade do tal bug do milênio prevendo que o Microsoft Armagedom. Quem poderia imaginar que tudo que era necessário para impedir O dia do Juízo eram pequenas atualizações de software mesclada com um pouco de diligência? (Claro, nós já aprendemos a não levar essas coisas tão a sério, não é?)
4. Hal Lindsey e “O falecido grande Planeta Terra” – 1970
Poucas pessoas da comunidade cristã se arriscam tentando prever o Arrebatamento (evento em que todos os bons cristãos do planeta instantaneamente desaparecerão), o surgimento do Anticristo, a Batalha do Armagedom, os sete anos previstos da Grande Tribulação. Um desses foi o capitão do navio a vapor que virou pregador, Hal Lindsey, autor do livro de bolso em 1970, o Late Great Planet Earth, que se tornou um bestseller internacional do dia para noite. (ainda hoje, o livro se mantem disponível nas editoras de todo o mundo, apesar de ser completamente desacreditado pelos acontecimentos posteriores constatados). Delinear uma cadeia extraordinária de eventos destinados a culminar no retorno triunfante de Cristo no final de um ciclo de sete anos de horror abjeto, fizeram literalmente milhões de cristãos ficarem em expectativa para 1988 (o quadragésimo aniversário da criação do Estado de Israel em 1948, quando o relógio do dia do juízo final começou literalmente, de acordo com Lindsey) como “a data”. Embora Lindsey nunca tenha citado especificamente o ano, era evidente em seus argumentos de que era na década de 1980 a previsão para que todos os eventos descritos do Apocalipse acontecessem, e para os leitores nos anos 70, era assustador .
Estranhamente, o fracasso da profecia de Lindsey não causou muitos danos à sua “carreira”, que passou a escrever vários livros sobre o fim dos tempos (todos com as mesmas variações, com forma semelhante a realizar) e ainda adquiriu o seu próprio canal de TV a cabo, demonstrando que nada causa mais sucesso do que um homérico fracasso.
3. Heaven’s Gate, 1997
Na manhã de 26 de março de 1997, a polícia de San Diego foi chamada para uma ocorrência numa mansão alugada, na comunidade de Rancho Santa Fé, Califórnia: investigar denúncias de uma possível morte. Quando lá chegaram, descobriram algo terrível: cada um deitado em sua própria cama, todos vestidos com idênticas camisas pretas, calças e tênis preto-e-branco, novos, da Nike. Eram 39 corpos em decomposição, com seus orgãos genitais removidos,vítimas aparentes de um pacto de suicídio em massa.
Quem eram e por que todos cometeram suicídio em um curto intervalo de dias? Ali estavam todos os membros de Heaven’s Gate, pequeno grupo de crentes dedicados, convencidos por um professor de música que transformou-se em guru Nova Era, Marshall Applewhite: ele defendia que o planeta estava prestes a ser “reciclado” e que a única chance de sobreviver era deixá-lo imediatamente na nave espacial que andava na cauda do cometa, então recentemente descoberto Hale-Bopp. Infelizmente, a única maneira de suas almas poderem pegar carona nessa nave era por ingestão de veneno, libertando-se da casca terrena para permitir a “transição”. Aparentemente, seus seguidores levaram a sério o suficiente para que mais de três dúzias deles se juntassem a ele na tomada de suas próprias vidas como parte de um ato de suicídio ritual, demonstrando que as crenças apocalípticas estão longe de ser fim.(você ainda crê que tudo é simples e inofensivo?)
2. Os Milenistas e a grande decepção, 1844
Um fazendeiro novaiorquino elevado a pastor batista, William Miller (1782-1849), era tido por todos como bom e decente, além de seu notável poder de persuasão com suas ideias, o que acabou por ser seu maior prejuízo, quando, após a realização de exaustivo estudo auto-didata do Antigo Testamento – especialmente o livro de Daniel – e chegando a conclusão que Jesus Cristo retornaria à Terra em toda a Sua glória em 22 de outubro de 1844.
Ele chegou a essa data após uma série bastante complexa de cálculos, mas basta dizer que, por volta de 1840, seu poder de persuasão foi suficiente para induzir mais de 50.000 (algumas estimativas chegam a acreditar que esse numero passou de 500.000!) a acompanhá-lo em Nova Inglaterra a conclusão de seus ensinamentos.
Quando o dia passou sem o retorno de Cristo, a decepção foi, para dizer o mínimo, mais do que um pouco palpável. Da comunidade que permaneceu em vigila durante a madrugada, amanheceu apenas com um único homem, abandonado pela membresia que havia se desfeito de todos os seus bens seguindo aquela revelação. Inabalável, Miller recalculou e, encontrando um erro de matemática simples, informou que havia deixado um ano fora do cálculo e nomeou 1845 como “o ano”. Depois que Cristo teimosamente se recusou a retornar também nesse ano, Miller desistiu e viveu os últimos anos de sua vida recluso. frustrado e deprimido por sua grande decepção, mas sem nunca deixar de crer na eminente Segunda Vinda .
Sua igreja, no entanto, sobreviveu com um pequeno remanescente, tornando-se mais tarde a base da Igreja Adventista do Sétimo, embora esses não tenham se arriscado a dar datas do fim do mundo, mas mantendo fortemente uma mentalidade sobre o fim dos tempos.
1. Os campeões: Testemunhas de Jeová: 1874, 1914, 1918, 1920, 1925, 1941, e 1975
Um grupo tradicional em profetizar o fim do mundo são os Testemunhas de Jeová, cuja propensão para escolher anos para a – não – volta de Cristo são lendários. Um grupo fundado em 1874 pelo milenista e Congregacionalista Charles Taze Russell (1852-1916). Desde a sua criação, nenhuma outra denominação teve a pretensão de, repetidamente, fixar datas como a Sociedade da Torre da Vigia, geralmente para seu próprio prejuízo . Embora Russell originalmente propôs várias datas para o retorno de Cristo a partir de 1874, sua data para o fim do mundo mais famosa era 01 de outubro de 1914, data que passou a se encaixar muito bem com o início da Primeira Guerra Mundial (que Russell, pacifista e com ardente seguidores, defendia que aquela era o início da Batalha de Armageddon).
Quando Cristo não retornou – mais uma vez – conforme prognósticos, Russell – seguindo “macete” de alguns dos seguidores de Miller, simplesmente sugeriu que o Senhor tinha voltado “invisivelmente” , embora sem definir exatamente o que isso significava. Em qualquer caso, não pareceu afetar a credibilidade entre a membresia da igreja em qualquer escala ou nível, que continuou a ter o crescimento extraordinário nas décadas decorridas após a morte de Russell em 1916.
Sem se deixar abater pelo seu “furo” em 1914 (ou, aparentemente, desconhecendo o referido retorno “invisível” de Cristo) os líderes da igreja, sob a liderança do enérgico sucessor de Russell, “Juiz” Rutherford, passaram a citar vários outros anos como a data para o retorno do Salvador. Entre eles, 1918, 1920, 1925 e 1941 foram todos propostos em um momento ou outro, mas cada um passou sem intercorrências (com exceção de 1941, que viu alguma eventualidade catastrófica ocorrida na Europa).Embora estes “furos” parecessem ter efeito prejudicial sobre aquela igreja ou o seu crescimento contínuo por várias décadas, essa tendência se definiu quando o grupo anunciou – mais uma vez – que 1975 seria o ano do retorno – agora visível e definitivo – de Cristo(Esta certeza foi baseada na crença de que Adão foi criado no ano 4026 a.C., tornando 1975 o aniversário de 6.000 desse milagre.).
Incentivaram as Testemunhas de Jeová em vender suas casas, deixar seus empregos, e renunciar a qualquer planejamento futuro, em prol da oração e fazer porta-a-porta evangelizadora até chegar o fim. Com o alvorecer de 1976 veio o remorso e, com ele, debandada geral dos membros da seita, que demoraria décadas para recuperar.
Após tamanho prejuízo, a liderança da organização passou a ter consideravel cuidado com definições de data, embora reconhecidamente apocalípticos, fins de tempo da crença continuam a permear seus ensinamentos até hoje.
Menções desonrosas:
O “ministério” Jack Van Impe, alegando base bíblica profética, continua a obstruir espaço aéreo com o seu absurdo para este dia;
Herbert W. Armstrong e a Igreja Mundial de Deus (essa foi criada em meados de 1930, no Oregon, Estados Unidos, nada haver com a atual do Sr. Valdomiro) sugeria que o “começo do fim” começaria em janeiro de 1973, quando na verdade, foi o começo do fim para a sua igreja;
O aposentado cientista da NASA, Edgar Whisenaut, em seu auto-publicado livro “88 Razões pelas quais o arrebatamento acontecerá em 1988″ (livro que vendeu quatro milhões de cópias em poucos meses ), tornou-se o principal exemplo de como os auto-intitulados escatologistas não devem ser autorizados a auto-publicar, e, é claro:
Nostradamus, cujo os ambíguos versos foram interpretados para significar o fim impossível de uma interpretação objetiva, e por isso, ainda são usados por esse ou aquele profeta do fim do mundo com sua toga de entendedor especial .
Informações baseadas no: TopTenz
Tradução: Zé Luís Jr.
O Zé também faz parte do time do Genizah
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2012/06/de-10-fins-de-mundo-que-falharam.html#ixzz1wr4wyt5IUnder Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike
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